A elegia de Pushkin, familiar a muitos: "A luz do dia se apagou", abre um ciclo de elegia da Crimeia, que também inclui "A cordilheira voadora está diminuindo as nuvens ..." "Quem viu a terra onde o luxo da natureza ...", "Perdoa-me sonhos ciumentos" e assim por diante. Além disso, é o ponto de partida do período romântico na obra do poeta.
História da criação
Em 1820, Pushkin foi condenado ao exílio na Sibéria por poemas excessivamente livres. Mas, graças a seus amigos, a punição foi atenuada e, em vez do cativeiro do norte, o poeta foi transferido para o sul, para o escritório de Chisinau.
Um pouco mais tarde, Pushkin ficou gravemente doente e seus amigos Raevsky o levaram com eles em uma viagem ao Cáucaso e à Crimeia, a fim de acelerar a recuperação do poeta. Em 18 de agosto de 1820, eles partem para Gurzuf em um navio. Durante essa viagem, o autor escreve a elegia "A luz do dia desapareceu".
Gênero, direção e tamanho
O poema "A luz do dia apagou" é uma elegia filosófica. Representa os pensamentos tristes do herói lírico sobre se separar de sua terra natal, de sua juventude e de seus amigos amados.
Elegia é um gênero favorito de poetas românticos, incluindo Byron, cujo trabalho Pushkin amava muito. Alexander Sergeevich até escreve no subtítulo: "Imitação de Byron". Assim, "The Daylight Has Faded" é um exemplo de letra romântica.
O poema “A luz do dia apagou” é baseado em uma rima iâmbica iâmbica.
Composição
Graças ao abster-se (repetição), a elegia é dividida condicionalmente em três partes.
- A primeira parte consiste em duas linhas e serve como um tipo de introdução que cria uma atmosfera romântica;
- Na segunda parte, o herói lírico pensa em sua terra natal abandonada, relembra o passado emocionante que parte de sua costa nativa, mas, ao mesmo tempo, espera um futuro feliz em novos lugares;
- A terceira parte é a oposição ao desejo de escapar da terra nativa e das memórias que são tão importantes para o herói lírico. Nesta parte, as duas últimas linhas antes do refrão também resumem o poema.
Imagens e Símbolos
A elegia é principalmente um navio carregando um herói lírico para novas margens. O navio em si é um símbolo das novas aspirações do herói pelo desconhecido e uma fuga do passado. A segunda imagem vívida é um oceano sombrio, que pode ser considerado como um símbolo de tristeza que atormenta o herói, ou uma corrente de eventos desagradáveis ao seu redor.
Ambas as imagens transmitem a atmosfera de tristeza, saudade e ansiedade com a qual o herói lírico é absorvido e, ao mesmo tempo, a imagem do navio levando o herói a novas praias dá esperança para algo novo, algo melhor que o espera pela frente.
O estado do herói lírico é tão ambíguo quanto a paisagem circundante. Ele é atormentado por saudade e nostalgia, mas, ao mesmo tempo, a fé em um futuro melhor não o deixa.
Temas e humor
O poema representa o raciocínio filosófico do herói lírico que deixou sua terra natal e corre para novas margens, bem como os sentimentos associados a esse raciocínio. Então, o tema principal é o exílio, que leva uma pessoa ao desconhecido e a arranca de sua terra natal.
É claro que Pushkin escreve sobre um herói que foge de antigas preocupações para algo novo, mas ainda anseia por sua terra natal e tem medo de mudanças inesperadas. No entanto, a menção à fuga voluntária do herói é um tributo à tradição romântica; o próprio Pushkin era um exilado, exilado por pensar livremente. Ele navegou não ao longo do “oceano sombrio”, mas ao longo do calmo Mar Negro, mas navegou para terras desconhecidas e para um futuro desconhecido. Ambas as imagens servem para criar a mesma atmosfera romântica. O leitor cria um humor triste, mas ao mesmo tempo sonhador. De repente, além do horizonte, uma mudança espera uma pessoa?
Nesse sentido, vemos o tópico da esperança. O herói acredita que o futuro ainda pode recompensá-lo pela separação de sua casa natal. Talvez o destino seja mais afetuoso com ele em uma nova direção.
Além disso, há um tema de apego à casa. A casa não é um lugar, é um templo da lembrança, onde sempre encontramos um canto secreto para pensamentos sérios. O conforto da terra natal não pode ser substituído por nada, porque o passado é incorrigível. O fato de uma pessoa vir de algum lugar não pode ser corrigido para melhor, porque cada um de nós deve ter seu próprio refúgio para a nostalgia. Mesmo apesar do fato de o herói ter sido enganado e abandonado em sua terra natal, acredita-se que ele sempre se lembrará disso.
Ideia principal
O significado do poema é expresso nas últimas linhas antes do refrão. O herói lírico entende que sua vida mudou irreversivelmente, mas está pronto para aceitar tanto a incerteza do futuro quanto seu passado. Além disso, seu amor, que ele deixou para trás, não pode ser esquecido, pois não está sujeito ao tempo e às circunstâncias.
A idéia principal do poema indica a necessidade de aceitar seu destino. O poeta viu muitas injustiças, infortúnios e decepções em sua vida, mas isso não o impede de olhar para o futuro com um sorriso, brigando com elementos furiosos. Ele ainda está pronto para lutar por sua felicidade. Ao mesmo tempo, ele está ciente do que aconteceu com ele, aceita isso, tira as lições necessárias e continua, sem se concentrar no mal. Sim, as feridas não são curadas, mas ele não se lembra de ter enganado com insultos.
Meios de expressão artística
No poema, Pushkin usa uma combinação de discurso simples e claro e uma sílaba elevada. A sílaba elevada é expressa no uso frequente do eslavo da igreja antiga (por exemplo, vela, bêbado, brega) e frase secreta (por exemplo, luz do dia em vez do sol). A sílaba sublime serve para criar e aprofundar a atmosfera romântica, mas, se existir, a elegia ainda é fácil de entender, graças à capacidade do poeta de combinar corretamente a fala e os arcaísmos do cotidiano.
Pushkin usa muitas metáforas para criar a atmosfera: um oceano sombrio, um sonho familiar, uma juventude perdida e assim por diante. O autor também não passou por epítetos: sua alegria é de asas leves, seus delírios são cruéis e os mares enganam.